quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Está chegando a hora...

... da Sophia ir pra escola. E gostaria de aproveitar a oportunidade para contar como isso funciona aqui, no norte da Alemanha, já que escola, como já disse aqui, é coisa que varia de Estado para Estado.

Bom, escola é obrigatória a partir dos 7 anos. No entanto, e devido ao número cada vez maior de estrangeiros no país, em muitos Estados oferece-se também um ano de "Vorschule" (antes da escola), para que as crianças com imigrantes na família (acho que na tentativa de acabar com a conotação ruim da palavra estrangeiro, criou-se este eufemismo do "Migrationshintergrund", que é a palavra oficial para se falar de crianças estrangeiras ou filhas de estrangeiros). A criança normalmente começa a Vorschule com 6 anos.

Digo "normalmente" pois isto também pode variar. A regra diz que aqui em Hamburg, toda criança que completar 5 anos até o dia 30 de julho deve iniciar a Vorschule ainda no mesmo ano, para garantir que em algum momento do ano letivo ela tenha já os seis anos (lembrando que o ano letivo aqui vai de agosto até junho). Crianças nascidas entre primeiro de agosto e 31 de dezembro são consideradas "Kann-Kinder". Elas podem começar a Vorschule com apenas 4 anos, desde que tenham uma recomendação do pediatra e do jardim de infância. Mas também podem começar só no ano seguinte, já tendo 5 anos bem completos, quase fazendo 6.

A Sophia, como faz aniversário em novembro, é (ou era) uma Kann-Kind. Ela poderia ter começado a Vorschule - que é facultativa - em agosto deste ano, já que ganhou a recomendação do pediatra e da escola, mas nós resolvemos que ela não deveria ir tão cedo para a escola. Se ela tivesse começado a Vorschule este ano, isto significaria que ela iniciaria a primeira série com apenas 5 anos. Mas hoje não vou falar dos motivos desta nossa escolha, talvez num outro post :-).

E daí tem toda uma preparação para esta entrada na Vorschule. Primeiramente, temos que ir até o pediatra para fazer uma consulta, conhecida como a U9 (falei sobre estas consultas periódicas do desenvolvimento da criança neste post aqui). Depois, temos que aguardar o convite da escola mais próxima da sua residência chamando para uma conversa com a criança e os pais. O jardim de infância também emite um "parecer" sobre o desenvolvimento do aluno e com estes 3 "diagnósticos" do pediatra, do jardim e da escola, determina-se se a criança está apta a ir para a escola (para a primeira série) ou se deve participar de aulas de reforço e é por isso que esta avaliação é feita com bastante antecedência, bem antes do início da primeira série.

A Vorschule para as crianças com o diagnóstico "aptas para a escola" é mais um lugar para começar a aprender a disciplina - elas têm que ficar sentadas a maior parte do tempo, têm que acordar cedo, pois a aula começa às 8 da manhã, têm que levantar a mão e aguardar a vez antes de perguntarem alguma coisa, etc. Já para as crianças que necessitam de reforço, a Vorschule é tudo isto e mais a chance de aprender alemão melhor. Algumas crianças azem aulas extras com fonoaudiólogos para melhorarem a articulação das palavras e outras, ainda, têm aulas para aumentarem o vocabulário e mesmo para começarem a falar em alemão.

Nós, atualmente, estamos na fase da ida até à escola, para que ela seja submetida à avaliação do professor da turma. Já marquei a entrevista e estou já bem ansiosa para ver se a Sophia vai se soltar e conversar com o professor, ou se vai se fechar feito ostra...

Outra coisa que acho importante saber é que a criança deve ir para a escola mais próxima do seu local de residência. Apenas nesta escola ela tem o direito à uma vaga. Nós, infelizmente, não queremos que a Sophia vá para a escola dela por direito. Então vamos tentar uma vaga numa outra escola e estamos torcendo muito, muito para que ela seja aceita (o critério é: depois de acomodadas as crianças que têm direito a uma vaga na escola "x", eles começam a abrir o raio e a chamar as crianças das imediações. Por sorte não moramos muito longe desta escola de nossa preferência, então ainda há uma chance).

Quarta-feira que vem, depois da entrevista da Sophia, eu conto como foi esta conversa na escola :-)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

  Oi!
Lembrei de novo do meu pobre e semi abandonado blog e resolvi aparecer por aqui para participar de uma brincadeira :-) A querida Ju, do blog contosdeumamaepandora me convidou e eu, como uma fervorosa fã de brincadeiras do tipo "caderno de recordação", resolvi participar.
As regras pra participar são as seguintes:
  • Escrever 11 coisas aleatórias sobre você.
  • Responder as 11 perguntas que a pessoa lhe mandou e criar 11 novas perguntas para as pessoas para quem irá mandar.
  • Escolher 11 pessoas para repassar esse meme e colocar os links de seus respectivos blogs.
  • Avisar os blogs escolhidos.
  • Não retorne esse meme para quem te enviou.
  • Postar as regras.
11 coisas aleatórias sobre mim:
  1. Decidi que passar roupa é furada. Não passo mais. As camisas do marido vão pra tinturaria, o que precisa muuuuuito ser passado eu vou juntando. Quando a pilha está grande eu imploro para alguém passar pra mim :-)
  2.  Muitos dos meus melhores amigos moram longe... E minha família mora longe, então tenho muitas desculpas para viajar o mundo afora :-)
  3. Viajar é meu grande hobby. Vale um hobby desses??? Gostaria de ter um hobby de verdade, sabem? Tipo: correr maratona (acho muuuuuuito legal quem tem esta perseverança toda!), colecionar selos ou trabalhos manuais, mas não tem nada que me ocupe por tanto tempo assim... Acho que meus hobbies são minha família e meus amigos e viajar é o modo de chegar até eles!
  4. Sou meio bagunçada. Meio ligada no 220. Faço muitas coisas ao mesmo tempo, faço até o fim, mas muitas vezes muito em cima da hora... Adoraria ser mais como a minha irmã, que faz planejamentos altamente sofisticados, com planinhas no Excel e tudo mais, mas acho que ela herdou todo o planejamento da nossa genética familiar.
  5. Adoro cozinhar e quem me visita diz que até que dou pro gasto :-)
  6. Quando criança eu era meio nômade e o máximo que fiquei numa mesma escola foram 4 anos. Fiz pré e primeira série no Rio Grande do Sul. Depois a segunda série num colégio municipal em Maringá. Depois da terceira à quinta em um colégio particular na mesma cidade. Depois nos mudamos para Portugal e lá cursei da sexta ao nono ano (o que no Brasil, na época, era chamado de primeiro ano do segundo grau). Voltei pro Brasil e fiz os dois últimos anos num colégio estadual. De forma que não tenho muitos amigos de infância. Minha única amiga desta época era a Tati. Oi Tati!
  7. Amo trabalhar, mas morro de peso na consciência de ter que deixar minhas filhas na escolinha para poder trabalhar... Ultimamente ando me culpando bastante por conta disso. E quanto mais eu trabalho, mais eu me culpo...
  8. Minhas filhas são meu maior orgulho! Sou uma mãe coruja, assumidíssima e eu já disse hoje o quanto minhas filhas são inteligentes? :-)
  9. Sinto muitas, muitas saudades dos meus avós... Eles faleceram no início de 2007 e nunca foram bisavós (Sophia nasceu em novembro deste mesmo ano). Fico muito triste pelo fato das minhas filhas não terem conhecido duas das pessoas mais maravilhosas que já passaram pela minha vida.
  10. Amo cantar no singstar! Tenho sorte de ter vizinhos meio surdos tolerantes, que nunca reclamam das minhas cantorias :-)
  11. O que mais gosto de comer é pão de queijo. Aqui na Alemanha não é tão simples manter o hábito de comer esta delícia, mas minha mãe me abastece com altos estoques de mistura pronta para pão de queijo (tem que ser da Yoki!) ou polvilho. Também AMO miojo :-) Nada difícil de me fazer feliz :-)


As minhas 11 perguntas estão aqui:
1. Qual é a sua principal qualidade?
2. Qual é o seu pior defeito?
3. Tem alguma coisa da qual você se arrepende de ter feito ou de não ter feito? De quê? E acha que é pior se arrepender por algo que você fez ou que não fez?
4. Onde você imagina estar em 10 anos? Como será a sua vida?
5. Qual é a sua música preferida, ou cantor preferido, ou banda preferida?
6. Gato ou cachorro?
7. Qual é a sua maior conquista?
8. Quais os três pedidos que você faria pro gênio da lâmpada?
9. 3 lugares que você não pode morrer sem ter visitado?
10. Se você tivesse que mudar alguma coisa do seu passado... o que mudaria?
11. Você tem que dar apenas um conselho pra uma outra mãe. O que seria?

E os blogs que indico são:
Bom, aqui estao 11 blogs queridos, que acho que ainda não participaram da brincadeira, mas claro que se fosse escolher apenas blogs queridos a lista seria muuuuuuito longa!

E aqui minhas respostas!

  1. O que te motivou a escrever o primeiro post? O meu primeiro post foi escrito quando estava no último mês da gestação da minha segunda filha. Como não tnnha mais o que arrumar, e quase não dormia por conta de uma tosse que trincou até minhas costelas, acabei "me viciando" em blogs maternos. Daí para escrever o primeiro post foi um pulo :-)
  2. Você se lembra de como se sentiu ao publicar seu texto pela primeira vez? Conte-nos suas expectativas. Sim, me lembro que fiquei bastante em dúvida se eu deveria ou não expor tanto a minha família... tanto que nos primeiros posts quase nem coloquei fotos. Depois resolvi desencanar um pouco. Afinal tenho o blog principalmente por dois motivos: mostrar para minha família e amigos um pouco da nossa vida aqui na Alemanha e deixar umas historinhas guardadas pra contar para as meninas quando elas crescerem.
  3. Já se viu algum dia no papel da "mãe louca"? Conte-nos. Ah, frequentemente, né? Não tem como não ser um pouco louca tendo que trabalhar de segunda à sexta, das 8 às 5, educar duas menininhas fofas, ser dona de casa, esposa, amiga, filha, irmã, sobrinha, etc, etc, etc.. em apenas 24 horas a cada dia.
  4. Qual atitude sua é capaz de arrancar gargalhadas dos respectivos rebentos? Da Helena é fácil, basta eu cacarejar, miar, mugir, hehehe, qualquer animal já tá valendo. Da Sophia é mais difícil, mas cócegas sempre funcionam :-)
  5. Um passeio inesquecível? São muitos, já disse que viajar é meu hobby, né? Mas amei o Japão. Foi realmente um passeio inesquecível!
  6. Quais são seus "hobbies" favoritos além de blogar? Uia, verdade, nem me lembrei que blogar também valia como hobby! Então tenho dois: viajar e blogar!
  7. Na sua opinião, o que você merece todos os dias? Muitos beijos e abraços das minhas filhas e do marido :-)
  8. A maioria de nós, mães, leva nosso papel a sério, pensando e repensando em nossas escolhas e atitudes. Já se arrependeu ou repensou sobre alguma conduta na educação do(s) filho(s)? Qual? O que me faz pensar, com bastante frequência, é a quantidade de horas que passo com as meninas. Apesar de eu dizer para mim mesma que a qualidade do tempo passado com elas é mais importante que a quantidade de tempo, vivo pensando se eu não estou tentando enganar a mim mesma...
  9. Qual filme de comédia você me aconselharia hoje? E qual me faria refletir... Comédia? Nossa, faz tanto tempo que não vou ao cinema, teria que recomendar algo antigo... Um filme que gostei muito foi "50 first dates". Um filme que me fez pensar foi Little Miss Sunshine.
  10. Qual prato eu prepararia em minha casa pra lhe receber à altura de sua visita? Provavelmente, se você fosse me receber, você também receberia as minhas filhas. E para elas o que há de melhor neste mundo é macarrão :-)
  11. Indique-me três livros que realmente fizeram a diferença em sua vida: Já fui uma leitora mais assídua, mas leio ainda assim muito e muito rapidamente. Três livros que gostei muito foram: "Meine Familie und anderes Getier" (Minha família e outros animais, um dois livros mais engraçados que já li na minha vida! E um dos primeiros que li inteiramente em alemão, quando meu mudei pra cá), fui pesquisar agora e o autor é Gerald Durrel;
    "Neger, Neger, Schornsteinfeger" (Negão, negão, limpador de chaminés), de Hans-Jürgen Massaquoi uma história que me entristeceu profundamente pelo racismo. Descobri, por exemplo, que na Alemanha, na cidade onde eu moro (!!!) havia uma aldeiazinha de africanos no zoológico! Ao lado de jaulas de animais.
    E como terceiro livro eu indico "Rabbit, Run" (na verdade a trilogia) de John Updike. Foi um dos personagens mais memoráveis que já li na minha vida. Adorei a forma como o Updike escreveu os romances! Muito bom!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Ser ou não ser consequente, eis a questão...

Hoje foi uma daquelas noites terríveis, em que nada parece dar certo.
Como meu marido não estava em casa ainda na hora de colocar as meninas pra dormir, ficou tudo por minha conta. Confesso que fazia tempo que não o fazia. Tenho sorte que quase sempre podemos dividir esta tarefa e cada um coloca uma das meninas na cama. Mas hoje não foi assim.

Mas tinha um plano! Jantamos com muita calma, brincamos depois da janta e tinha prometido pra Sophia que se ela colaborasse e deixasse a mamãe colocar a Helena pra domir, ela poderia assistir um desenho no ipad depois do banho. Até aí, tudo bem. Claro que ela disse que me ajudaria e até que ela se comportou mais ou menos bem durante o banho. Escovou os dentes bonitinha, fez xixi, mas fez um pouco de manha porque não queria lavar o cabelo.

Concordei, não precisava lavar o cabelo. Mas daí ao sair da banheira ela já começou com os seus berros: "estou com frio! Buáááááá" (um drama imenso). Tá, ela estava seca, com o pijama, tinha feito xixi e escovado os dentes, então era hora de ir pra cama assistir o bendito do desenho.

Enquanto estava trocando a Helena escuto já os primeiros gritinhos de raiva, depois de mais alguns, veio o primeiro:

"Mamãe!!".
"Que foi, Sophia?"
"O ipad não está funcionando!"
"Peraí que eu vou acabar de trocar a Helena e já te ajudo"
"Não, tem que ser agora!"

Nisso ela vem até mim, dá uns 3 tapas no aparelho e o joga no chão.

Fiquei brava, disse que ela não iria assistir mais nada porque não tinha se comportado.
Os gritinhos de raiva viram gritões de ódio. E ela chora, chora muito, muitas lágrimas. A Helena começa a chorar também pois se assusta com tanto grito.

Eu cedo.

Fui até o quarto dela e tento ligar o ipad. Azar dos azares, está totalmente sem bateria. Busco o carregador, nem assim ele liga, de tão descarregado que está. Sophia começa a chorar de frustração novamente.

Prometo a ela que daqui 5 minutinhos já vai dar pra ligar. Peço que ela fique lendo um livrinho 5 minutinhos no quarto, enquanto o ipad carrega e eu coloco a Helena pra domir. Ela aceita.

Começo a fazer a Helena dormir, a Sophia entra no quarto, acende a luz, porque quer o Arlequim (é seu bichinho de estimação preferido, ela só dorme com ele). Faço uma cara de brava, ela pega o Arlequim, apaga a luz do quarto, fecha a porta e sai. 27 segundos depois ela volta pra perguntar se eu quero que ela feche a porta ou se deve deixá-la entreaberta.

Respondo, ela sai novamente.

48 segundos depois ela me avisa: "Mamãe, preciso fazer cocô".

"Tá, filha, vai lá".

Ela demora no banheiro, Helena está quase dormindo, já estou achando que vai até dar tempo de assistir o "jornal nacional" versão alemã, quando escuto:

"Mamãe, terminei! Vem limpar meu bumbum!"

Helena abre os olhos. Explico pra ela que eu só vou li e já volto.

Enquanto fui até ali e não voltei Helena começou a chorar desesperadamente. Limpei o bumbum, pedi pra Sophia deitar na cama e ficar bem quietinha que eu já estava quase lá.

Volto pra Helena, uns 3 segundos depois o despertador da Sophia toca (ela acabou de ganhar um despertador de presente e adora colocá-lo pra despertar). Ela grita lá do quarto "Desculpe, mamãe, não queria que o despertador tocasse. Que despertador maluco, né?"

Desligo o despertador e queria desligar o choro da Helena que começou novamente. Peço pra Sophia mais uma vez ficar boazinha, que eu já estou indo pro quarto ficar com ela.

Acalmo a Helena (que a esta altura já não quer ficar mais no berço e sim no colo), ela fecha os olhinhos e.... a porta do quarto se abre, a Sophia entra com o despertador dela, pra me mostrar que a luz estava acesa. Sussuro pra ela se deitar um pouquinho, que eu já vou. Sophia aponta a luz bem no olho da Helena, Helena acorda. Tiro o despertador da mão da Sophia, ela grita.

Levo a Sophia pro outro quarto, uma berrando daqui, a outra berrando dali. Berrei também: você não vai assistir mais nada hoje!

Daí Sophia começa a chorar e a chamar o papai. Helena se assusta e chora também. Quis chorar também, mas abafa.. Fico pensando se devo voltar atrás e deixá-la sim assistir o tal do desenho. Decido que não, que ela não cumpriu a parte dela.

Peguei a Helena e a Sophia e deitei com as duas na minha cama. Não sei quem adormeceu primeiro: se a Sophia, se a Helena ou se fui eu. Mas assim terminou mais uma sessão de uma mãe que tenta ser consequente e que fica se perguntando se está certo mesmo tentar exigir consequência de uma garotinha de 4 anos.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O palavrão

Este vai ser um post curtinho só pra contar uma tirada da Sophia.

Nós 4 no carro ouvindo música. Tocando estava:

Ich liebe diese Tage
Egal, wie scheiße es war
Ich will mich nicht beklagen
Ich liebe diese Tage...

(Tradução: Adoro estes dias, tanto faz se eles foram uma merda, não quero me queixar, amo estes dias....)

De repente a Sophia diz bem alto:

Scheiße!

E eu digo, Sophia!
- Mas mamãe não é minha culpa, o homem que falou! É a música, olha só:
Ich liebe diese Tage
Egal, wie scheiße es war
Ich will mich nicht beklagen
Ich liebe diese Tage...

E ela canta bonitinho todo o refrão.

Então, né....


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Low profile

Estava conversando com uma amiga ontem e ela disse que eu deveria tentar me organizar para escrever no blog pelo menos duas vezes por mês. Não sei se vou conseguir, mas tentar não custa nada, né?

Então vamos dar uma atualizada nas peripécias das meninas? E logo, antes que a preguiça venha, se instale e se apodere ;-)

Queria falar sobre a quantidade enoooooorme de palavras que a Helena está falando!
Ela é uma pequena papagaia, repete tudo que dizemos daquele jeitinho infantil todo fofo. As palavras preferidas dela, sem dúvida nenhuma são Sophia (Fia) e papai (que ela fala bem bonitinho, tanto em português quanto em alemão).
Mas a lista é bem longa e vou dizer as palavras mais bonitinhas que ela diz:
- Moma (Oma, ou vovó em alemão)
- Popa (Opa, ou vovô em alemão)
- Lolho (olho)
- Lelo (cabelo)
- Tata (batata)
- Nana (banana)
- Cuco (suco)
- Apfe (Apfel, ou maçã em alemão)
- Aíz (nariz)
- Etche (leite)
- uva (que pode ser uva, tomate, pera, milho, ervilha, passa e quase tudo que for redondo, mas não necessariamente pequeno, como a Sophia fazia na mesma idade)
- pipa (pra cima)
- pato (sapato)

No mais ela fala muitas palavras mesmo, quase todas bem pronunciadinhas, como não, mão (ela é ótima com as nasais!), pão, abrir, descer, subir, colo, água, xixi, cocô, alô, hallo (oi em alemão), Ball (bola em alemão), high 5, pé, mamãe, quente, etc, etc... E ela já está juntando duas palavrinhas também e diz: aíz mamãe, pé Fia, pato Nena (por sapato na Helena) e coisas assim.

Na parte motora ela também vai muito  bem. Anda, corre, pula do primeiro degrau, dança, como sozinha (e como come rsrsrsrsr), pega seu copinho sozinha e qualquer outro copo que esteja dando sopa pela frente, pinta junto com a Sophia (e rabisca as coisas da irmã o que nem sempre agrada à mais velha...), telefona e continua a minha candidata preferida, pedindo votos para quem passar pela sua frente :-)



Sophia está enorme. Deu uma esticada neste verão que agora as roupas estão todas curtas. Os sapatos também não estão servindo direito, vou ter que fazer umas belas comprinhas pra minha mocinha. Ela está bem adiantada na parte de escrita, mas não tenho incentivado muito, pois acho que ela vai se adiantar em demasia se eu o fizer, afinal ela só vai pra escola daqui a dois anos! Então, só quando ela me pede uma atividade de escrever ou ler que eu incentivo, mas não tenho oferecido brincar disso...

Um cartão que ela escreveu para mandar para a escolinha dela nas últimas férias
E descobri que ela é bastante atenta para brincadeiras do tipo "jogo dos sete erros", fiquei bem surpresa quando brincamos disso no final de semana e ela realmente achou todas as diferenças! Não achei que ela já fosse conseguir fazer.

Bem, por hoje é só. Espero voltar logo.... Beijos!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Apareceu a Margarida...

Olá!
Nossa, que saudades que estava e estou de passar por aqui. De contar as novidades, ouvir os comentários de vocês, ler os blogs queridos, colocar fotos das meninas e simplesmente desabafar um pouquinho.. Mas o tempo anda muito, muito curto.

Desde julho que voltei a trabalhar depois de um ano e meio de licença maternidade. Já era algo planejado e esperado, eu sabia que voltaria a trabalhar, mas não sabia exatamente com quais condições. Se trabalharia em tempo integral, ou meio período - que era a minha opção preferida, óbvio - não sabia se voltaria a trabalhar no mesmo emprego - poderia, mas não gostaria - enfim, eram muitos os motivos para me deixar pensativa, escolhendo com cuidado como dar este importante passo de volta ao mercado de trabalho.

E no final de junho apareceu uma oportunidade que achei interessante: trabalhar por um ano em período integral, com a possibilidade de reduzir a carga horário pela metade ao final deste ano. E trabalhando de casa. Aceitei!
O começo foi meio complicado, estava desacostumada a ficar tanto tempo na frente do computador, de me concentrar em algo que não fosse minhas filhas, de deixá-las longe de mim e, principalmente, passei um bom tempo pensando se eu realmente queria voltar a deixar as meninas tanto tempo na escolinha. Naquele velho dilema de estarei sendo uma boa mãe mesmo desejando trabalhar?

Mas a cada dia me convenço que foi sim uma decisão acertada. As minhas princesas adoram a escola. A Sophia teve uma diarréia esquisita no começo da semana e tem ficado em casa comigo todos os dias e o legal é que isso é possível. Ela monta a escrivaninha dela do lado da minha e "trabalha" junto comigo. Almoçamos juntas, depois ela brinca mais um pouco até eu acabar o meu serviço e depois vamos jutnas buscar a Helena. E todo dia a Sophia me pede para ficar lá, que ela está com saudades dos amiguinhos e professores dela.

E isso me dá a certeza que foi a escolha certa. Elas adoram voltar pra casa, óbvio, mas também adoram chegar na escolinha de manhã.

Bom, espero voltar logo, pois queria muito contar da Helena, que está toda fofa e falante do alto dos seus 18 meses e da Sophia que já está escrevendo (e lendo!) as primeiras palavrinhas sem ajuda!!


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Blogagem coletiva das Mães Internacionais: comemorando aniversários na Alemanha



Qual a relação entre a idade do aniversariante e o número de convidados?
Esta é a primeira grande diferença na forma de se comemorar aniversário infantil aqui na Alemanha: o número de convidados.
Geralmente,  a idade do aniversariante indica a quantidade de convidados. Fez 3 anos? 3 convidados. 5 anos? 5 convidados. Nos primeiros aniversários infantis ainda é "permitida" a presença dos pais dos convidados nas festas. Estas geralmente são realizadas em casa e, como as casas não são muito grandes por aqui, é normal ter-se menos gente. Os alemães também são adeptos da divisa: "klein, aber fein" (algo como pequeno, mas bem feito), então, pra eles, se você convida menos pessoas tem como se dedicar melhor aos seus convidados e tem como caprichar mais na comida e decoração.
Estes itens, aliás, não costumam ser muito sofisticados, ou exagerados. A decoração costuma se resumir a algumas bexigas, uma toalha de mesa mais arrumadinha ou com tema da festa (os grandes campeões aqui são os de tema "pirata", para meninos e "Lilly Fee" (uma fadinha) para meninas. Temas neutros como joaninhas e dinossauros também são encontrados). Eles costumam servir fast food nas festas: salsichas (claro!), pizza, batata frita, almôndegas e doces (bolo e balinhas, da marca Haribo). Em algumas casas também são servidos vegetais crus cortadinhos, como pepino, pimentão, cenoura e couve-rábano  e algumas frutas, dependendo da estação do ano.

Oi, eu sou uma couve-rábano. Minhas folhas são comidas por coelhos ou usadas por brasileiros morrendo de vontade de comer couve mineira - algo que não encontramos em terras germânicas.


Após os 4 anos, já não é mais comum que pais fiquem nas festinhas. As festas têm hora para começar e terminar, então o pai chega, deixa o filho na festa e volta na hora combinada para buscar.

Assim sendo, dá para imaginar a cara de surpresa dos pais alemães ao verem uma festa brasileira, né? Ainda que aqui a festa necessariamente seja beeeem menor que as festinhas do Brasil, elas ainda são muito mais coloridas que as alemãs. A maioria das mamães brasileiras que conheço por aqui, opta por fazer uma mistura das duas festas. Tem decoração com tema, tem docinhos como os que conhecemos e adoramos (brigadeiro, beijinho); quando encontramos alguém que faça tem salgadinho (coxinha, quibe, bolinha de queijo), mas temos festa com menos pessoas e, muitas vezes, com hora pra acabar.

Acho que o grande diferencial é que a mamãe brasileira no exterior acaba botando a mão na massa mesmo. Seja na hora de cozinhar (se quiserem ler como um bolo pode dar MUITO, EXTREMAMENTE errado, cliquem aqui :-)), seja na hora de enfeitar a festa (exemplo da última festa da minha filha), já que não encontramos por aqui facilmente itens de decoração e, muitas vezes, eles são bem caros. Bexigas, por exemplo, costumam ser vendidas em pacotes com cores sortidas, se quiser fazer, sei lá, um arco de balões, já fica mais complicado encontrar pacotes com cores únicas. Forminhas para docinhos só tem em umas poucas cores, leite condensado não é em todo supermercado que se encontra e por aí vai.
O que tem sempre é muito amor e muita vontade de mostrar aos filhotes um pouco da nossa cultura e um pouco de como eram as nossas festinhas durante a infância.



Este post faz parte da blogagem coletiva das Mamães Internacionais. Se você quiser ler mais sobre as festas de aniversário em outros países, clique aqui!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Passeando pela Toscana com crianças



No último post falei da nossa casa super fofa na Toscana e hoje gostaria de contar alguns dos passeios que fizemos quando estivemos naquela região.
Vale dizer que a Toscana é uma área bem grandinha. Não dá para cobrir tudo em um passeio só. A não ser que você tenha muito tempo disponível e crianças que adorem andar de carro ;-) 
O "normal" é você arrumar uma base (como a nossa em Vallico di Sopra) e de lá ir fazendo passeios diários. Mas claro que alguns dos destinos valem uma visita exclusiva, pela infinidade de atrações que oferecem. Florença é um desses e por isso vai ganhar post exclusivo amanhã (ou logo ;-))!

Lá pertinho mesmo de Vallico (perto em kms, mas não em minutos pela estrada sinuosa de acesso) fica a Grotta del Vento. Esta é uma das inúmeras cavernas subterrâneas que estão localizadas nos "Alpes Apuanos", que (penso eu!) no Brasil são chamados de Apeninos. 


São oferecidas visitas guiadas de 1, 2 ou 3 horas, só que infelizmente não em inglês. Dá para contar com um audio guide, mas a guia italiana nem sempre esperava que acabassemos de ouvir a explicação, antes de seguir para o próximo ponto de interesse. Fora que nem sempre é possível ouvir a explicação, tirar fotos, controlar se as crianças não estão lambendo uma estalactite ou jogando pedra nas estalagmites, explicar o que está acontecendo e andar sem escorregar ao mesmo tempo. Ainda assim, é uma atração interessante para crianças a partir de 4 anos, eu diria. 
E a caverna impressiona mesmo pela profundidade, pela diversidade rochosa, pelo vento (o nome não vem do nada!) e para refrescar :-) Lá dentro a temperatura é constante: 10 graus o ano todo, então pode ser uma boa alternativa nos dias quentes do verão. Mas lembre-se de levar um casaco!

Agora diz qual criança vai resistir a um convite assim: vamos lá na caverna do esqueleto do urso???
Sophia e a amiguinha Leah
Ao sair da Grotta dá para se passar também num convento super interessante: o Eremo di Galomini. Este convento fica incrustado em uma rocha imensa e oferece uma vista muito linda das montanhas. Dá inclusive para alugar um quarto no convento ou então almoçar no restaurante.





Lá pertinho da casa que alugamos tenho uma dica muito boa de restaurante! Infelizmente não tirei foto, mas é o restaurante da Sandra. Um lugar super amplo, bem no meio do vale da Garfagnana, pertinho de Fabbriche di Vallico com pratos típicos muito saborosos, pouquíssimos turistas e um atendimento fabuloso. Quer mais? Tudo que comemos adoramos e o preço era baixíssimo. Tipo qualquer entrada por 5 euros. Ou sobremesa (panacota! tiramisu!) por 2 euros. Quem passar por lá pode aproveitar para visitar as cidadezinhas super bucólicas do vale.

Outro lugar interessante é Lucca. A cidade é famosa pela muralha que ainda a cerca completamente. E não é um murozinho à toa não, é um muro alto e largo, com ruas (!), árvores e fontes e caminhável por toda a sua extensão. Lucca é a cidade natal de Puccini (La Bohème, Madame Butterfly) e toda a cidade tem um quê de artístico.
Lá encontrei também uma estátua e uma placa comemorativa em relação à Garibaldi, mas não consegui descobrir ao certo qual a relação entre ele e a cidade.



Não muito longe de Lucca fica Bagni di Lucca, às margens do Rio Serchio. A cidade é conhecida pelas águas termais e, no século XIX, hospedou por um bom tempo o autor alemão Heinrich Heine. Tem até uma plaquinha comemorativa do seu antigo lugar de residência. No entanto, a região é mais de caráter medicinal do que recreativo. Fomos até lá achando que encontraríamos uma piscina e diversão pras crianças, mas não. Crianças, aliás, nem têm a entrada permitida em muitos ambientes das termas. O espaço é limitado a uma piscinazinha sem graça e exige-se silêncio... Ou seja, nada praticável com 1 criança de 4 anos, 2 de 3 e uma de 1! Então nos limitamos a passear pela cidade que é bem lindinha e a tomar sorvete que na Itália é algo tão, mas tão prazeiroso.

Agora um lugar ótimo para os pais (gastronomia, vinhos!) é Montepulciano. E nem se precisa preocupar com as calorias, pois tem tada ladeira por lá que a gente se livra delas rapidinho rsrsss. A dica daqui é degustar o Vino Nobile e quem sabe as águas termais da região. Também foi um dos pouquíssimos lugares onde encontramos um parquinho infantil, glória das glórias para quem viaja com criança, certo?
E, finalmente, Pisa. Nem precisa dizer o que visitamos, né? E, aliás, foi basicamente a única coisa mesmo. Sophia estava entusiasmadíssima para conhecer a Torre, mas, infelizmente, o acesso é só para crianças a partir dos 8 anos. O problema é a altura pouco elevada da mureta de proteção, então, para evitar acidentes, crianças menores não entram, nem mesmo no canguru. Com isso as crianças se divertiram mesmo foi no gramado da Piazza dei Miracoli. Não chegamos a entrar no Duomo ou nos museus. Aliás, fora o Museu do Vaticano, em Roma, não fomos a nenhum outro, pois achamos que aproveitamos pouco. Uma pena mesmo, mas achamos que quando as crianças forem um pouquinho maior (principalmente a Helena) o passeio será mais prazeiroso para todos.


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Eu quero uma casa no campo...

...onde eu possa plantar meus amigos,
meus discos e livros
e nada mais.

E esta casa fica na Toscana, gente!
Alugamos uma casa idílica, no alto de uma montanha, com uma piscina, churrasqueira, muito verde e "nada mais".



Confesso que ficava um pouco afastada da civilização. O restaurante mais próximo ficava a 5 minutos de carro, numa aldeia em que vivem apenas 60 pessoas, mas que só abria as suas portas nos finais de semana. Supermercado a 30 minutos. Mas 30 minutos numa estradinha sinuosa, parte dela de chão batido. Farmácia, hospital? Ainda bem, toc-toc-toc que não precisamos, pois ficava longe, viu?

Mas ah! a vista, ah! a companhia de amigos tão queridos, ah! o sol e o calor, tudo isso superou qualquer restrição que tivéssemos em relação à localização.



Colocamos a mão na massa, preparamos nossas refeições (ou elas foram preparadas, já que eu mesma não ia muito pra cozinha quando podiamos contar com um chef, né Florian?), jogamos cartas, tomamos vinhos e cafés mil, passeamos com as crianças, brincamos, lagarteamos na piscina ou à beira dela, já que a água andava meio fria, ouvimos música juntos, lemos histórias para as crianças, fizemos mil piadinhas (insider jokes!) sobre os nossos vizinhos inexistentes, cantamos mil vezes a música preferida da Helena (meu pintinho amarelinho), esquecemos do mundo, nem nos demos conta que houve terremotos (!), enfim, curtimos MESMO!!



Ah sim, faltou falar que nossa casa ficava na aldeia de Vallico di Sopra! E alugamos a casa através do site: Novasol.
Esta semana eu ainda falo um pouquinho dos passeios que fizemos lá na região, tá?

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Primeiramente: Roma!

Cadê inspiração para falar da nossa viagem à Toscana objetivamente quando lá fora está chovendo e a temperatura não está passando dos 10°C?-
Bom, vou tentar ao máximo não idealizar a coisa mas não garanto nada :-)

Pegamos um avião de Hamburg até Frankfurt e outro de Frankfurt até Bologna, a terra do molho à bolonhesa que, aliás, na Itália não se chama assim, mas sim (me corrijam se estiver errada, mas só ouvi este termo): ragu.
Fomos de Lufthansa e, como sempre, não nos foi servido nada (de útil, de inútil tinha uma barrinha de chocolate) nos 2 vôos que pegamos, ainda que tenhamos voado bem na hora do almoço. Mas sou mãe precavida, que conhece a Lufthansa, e tinha levado dois potinhos para as meninas: um com pepinos e outro com penne (sem molho para não bagunçar) e assim as meninas chegaram ao destino sem fome, felizes de ficar comendo coisas com as mãos e entretidas com as comidas e coisinhas que ganharam a bordo (aí ponto para a Lufthansa que sempre dá um monte de brinquedinhos para as crianças, mesmo nos vôos "domésticos").

Chegando em Bologna alugamos um carro e fomos dirigindo até Roma. Marido ficou feliz da vida que a nossa bagagem coube toda no carro (3 malas, um carrinho, dois assentos para o carro para as meninas, uma mochila (a qualidade das cadeiras alugadas não costuma ser boa, nem o conforto, então optamos por levar as nossas próprias), a bolsa da Helena, mochila de brinquedos da Sophia, mochila da máquina fotográfica e minha bolsa) e mais ainda pelo desafio de dirigir nas ruas caóticas de Roma. Ah: uma dica: tente chegar (de carro) em Roma depois das 18:00. Antes disso, há restrições para circular em algumas ruas mais centrais da cidade e para não levar uma multa você tem que cadastrar a placa do veículo junto ao hotel. O trânsito também é mais complicado até este horário.

Em Roma ficamos hospedados num hotel simples, mas muito bem localizado, com um ótimo café da manhã e que nos providenciou um bercinho pra Helena e uma cama para a Sophia. O quarto ficou um pouco apertado, mas para 3 dias estava OK. O único inconveniente do hotel era a longa escadaria que dá acesso à recepção. Ou seja, você chega com a parafernália descrita acima e tem que carregar tudo para poder fazer o check-in. Depois tem que carregar mais uma vez num novo lance de escadas (pequeno) para poder pegar o elevador.

O quarto apertadinho


Como só tinhamos dois dias e 3 noites em Roma resolvemos dar uma olhada em alguns dos pontos turísiticos principais, mas abrimos mão de muita arte para não cansarmos muito.

Já que o hotel era muito bem localizado, pudemos fazer muita coisa a pé. Só quando estávamos muito cansados é que entrávamos no metrô, mas este é beeeem lotado, nem sempre tem bom acesso para quem está com carrinho (ou seja, tivemos que carregar muitas vezes o carrinho pra cima e pra baixo) e, ah, convenhamos, em Roma tem muito pra ver, em cada esquina. É bem melhor ir caminhando do que de metrô.

Para passear a pé, sem reclamações (ou quase). Detalhe para o lenço que levei para não ter problemas ao entrar em igrejas. Pede-se que não se vá de blusas sem mangas e com saias (ou bermuda) no mínimo na altura do joelho.


O mais legal da viagem toda foi poder explicar tanta coisa nova pra Sophia. Teve a lenda de Rômulo e Remo, superstições para se voltar a Roma (Fontana de Trevi), ou a Florença, explicar quem é o papa, o que é o Céu e o Inferno e o que é o Vaticano, mostrar muita obra de arte, falar sobre o Coliseu, explicar porque a Torre de Pisa é inclinada, falar sobre Netuno e outros deuses, etc. É muito legal ver como ela se interessa por tudo, como participa e se empolga com o que está por vir e, assim, fica bem mais fácil aguentar filas, demoras e multidões.




O que visitamos nestes dois dias:

Palazzo Barberini
Fontana di Trevi
Vista linda pertinho de um lugar muito bom pras crianças brincarem: Villa Borghese
Escadaria espanhola
Coliseu
Vaticano
Basílica de São Pedro (detalhe importante: não são permitidos carrinhos de bebê dentro da igreja, então levar canguru!)
Santa Helena e Helena
Museu do Vaticano
Numas das inúmeras vezes que o carrinho teve que ser carregado a caminho da Capela Sistina
Um dos inúmeros sorvetes que a mocinha degustou (num restaurante bem recomendável para quem ficar perto da Ópera, como nós: Terme di Diocleziano)
Adoramos a cidade, a hospitalidade, o clima, a comida, enfim, toda a estadia em Roma. Também fizemos um tour de ônibus que recomendamos muito para se ter uma vista geral da cidade, quando a estadia for super curta - como a nossa.
Tivemos muita sorte com as filas. Ainda que os pontos turísticos estivessem sempre bem cheios, não tivemos que esperar tanto assim. Ou seja, creio que maio é um mês perfeito para se conhecer a cidade. A temperatura estava ótima (acredito que no verão não seja tão agradável...), as filas aceitáveis (li em vários guias que por vezes são horas e horas de espera para se entrar na Capela Sistina ou na Basílica de São Pedro, por exemplo) e os dias longos e ensolarados para passear pela cidade.


P.S.: Acho que falar de sol deu certo, pelo menos a chuva parou e um sol tímido começa a surgir...